Todos os organismos vivos estão sujeitos à infecção. Os seres humanos, não sendo exceção a esta regra, são suscetíveis a doenças causadas por bactérias.
Em alguns casos, o sistema imunológico pode não ser capaz de reagir com a rapidez necessária para combater a reprodução de uma certa bactéria. É aí que entra o auxílio dos antibióticos, substâncias químicas que destroem ou inibem as células bacterianas sem afetar as células que constituem o corpo.
De acordo com o farmacêutico Rogger Diquique, Especialista em Farmacologia, antibióticos diferentes funcionam em partes diferentes da estrutura de uma bactéria. Por isso cada substância pode ser mais ou menos efetiva em tipos específicos de bactérias.
Isto pode ser observado no uso inadequado de antibióticos contra os vírus, que não são considerados estruturas vivas. Por não possuírem os mesmos mecanismos que as bactérias, os antibióticos não surtem efeito algum contra os vírus.
Uma das grandes preocupações da ciência é que os antibióticos perdem a efetividade com o tempo. Se uma pessoa toma um antibiótico, normalmente o medicamento irá destruir ou inibir o crescimento bacteriano em um período de uma semana ou 10 dias, podendo se estender por mais tempo, dependendo do quadro infeccioso ou a critério médico. Geralmente, a pessoa estará melhor em apenas um ou dois dias, pois o antibiótico destrói rapidamente a maioria das bactérias que atinge. Porém, pode ocorrer de uma das gerações de bactérias sofrer uma mutação que a torna capaz de sobreviver àquele antibiótico específico, tornando-se resistente a ele. Essa bactéria vai então se reproduzir e toda a doença sofrerá mutação. Neste caso, o velho antibiótico não terá efeito sobre ela. “Este é o principal motivo pelo qual não é recomendável o uso indiscriminado - sem prescrição médica - dessas substâncias”, afirma Diquique.
Entre as enfermidades que mesmo com o uso de antibióticos ainda tem um número considerável de óbitos está a pneumonia. Como já noticiou o The New York Times, a pneumonia continua sendo a causa mais comum de morte por infecção, e é o sexto maior assassino dos americanos. Outro número apresentado pelo periódico americano, está o de dentre 500 doenças infecciosas, não existir tratamento eficaz para cerca de 200, mesmo com a introdução de antibióticos e vacinas.
Justamente pelos efeitos nocivos que podem ocasionar a quem toma antibióticos indiscriminadamente, que desde fevereiro de 2011 no Brasil as farmácias só podem vender os remédios com o devido registro, por meio da segunda via das receitas médicas.
A determinação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) saiu depois do surto no país da popularmente chamada de superbactéria KPC (carbapenemase da Klebsiella pneumoniae). Essa bactéria se tornou resistente a antibióticos importantes.
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