O que é rinite alérgica?
É um transtorno que afeta a mucosa nasal e produz obstrução, espirros, prurido, secreções nasais e em alguns casos a perda de olfato.
Para entender a alergia é preciso conhecer como funciona o nariz, pois é o primeiro local por onde o ar passa até chegar aos pulmões. O nariz também é responsável pela limpeza, umidificação e aquecimento do ar inspirado.
Por exercer a função de filtro, quando o nariz identifica alguma substância que represente risco ao organismo ele provoca a obstrução nasal, através dos espirros e coriza.
Alergia, na realidade, não significa falta de defesa do organismo. Ao contrário, indica uma proteção exagerada contra agentes que não são potencialmente agressivos ao ser humano. Ou seja, uma pessoa alérgica é hiperreativa (com alergia) a determinadas substâncias que em uma pessoa normal não despertam nenhuma resposta.
O sistema imunológico das pessoas alérgicas, por características genéticas, interpreta que determinada substância é tóxica, e que precisa proteger o organismo contra sua entrada. Por essa razão, algumas pessoas convivem normalmente com fatores que causam a alergia, como a poeira de casa, sem ter sintomas, ao passo que outras pessoas, ao entrarem em contato com essa mesma poeira, podem ter rinite e asma.
Quais os sintomas?
Os sintomas que os pacientes portadores de rinite alérgica apresentam são obstrução nasal (entupimento), coriza, espirros (algumas vezes o paciente espirra mais 20 vezes seguidas) e coceira no nariz. Essa coceira pode ser na garganta ou nos olhos.
Todos os doentes apresentam tais sintomas minutos após o contato com o alérgeno, e cerca de metade deles terão novamente sintomas cerca de 4 a 6 horas depois.
Quais as causas?
Poeira, pólen e alguns alimentos são substâncias que podem causar alergia. Aqui no Brasil a poeira domiciliar é o fator de risco mais importante. Ela é constituída por descamação da pele humana e de animais, por restos de pelos de cães e gatos, restos de barata e outros insetos, fungos, bactérias e por ácaros, organismos microscópicos da família dos aracnídeos.
Como tratar?
O tratamento dos pacientes portadores de rinite alérgica é composto por três pontos fundamentais:
a) Higiene ambiental
A forma mais simples de tratar alergia é evitar o contato com a substância que desencadeia os sintomas. O problema é que não é tão fácil evitar o contato com o ácaro, a principal causa de rinite alérgica. No entanto, algumas medidas simples podem ser adotadas para diminuir a proliferação desses insetos.
Por isso é preciso manter a casa e, principalmente, o quarto onde o doente dorme limpos com bastante frequência. Infelizmente, vassoura e espanador de pó apenas espalham o pó pelo ambiente. O uso de pano úmido na limpeza é uma forma bastante eficaz para remover a poeira. O ideal é que não existam carpetes, cortinas, tapetes, bichos de pelúcia, almofadas, móveis e outros e utensílios que possam acumular poeira nos ambientes em que os portadores de rinite vivem.
Outro ponto importante a considerar é a existência de boa ventilação na casa e no quarto. Em ambientes ensolarados, é mais difícil o bolor (fungo) se desenvolver. Tente evitar também, o contato com substâncias capazes de irritar o nariz. Perfumes, produtos de limpeza, produtos para deixar os ambientes com odor agradável, fumaça de cigarro, tintas, inseticidas e poluição, são alguns exemplos de substâncias capazes de irritar o nariz, e desencadear sintomas
b) Tratamento medicamentoso
A critério médico, se essas medidas não forem suficientes para controlar os sintomas do paciente, poderemos recorrer à indicação de medicamentos.
Existem dois grandes grupos de drogas que podem ser usadas. Um tipo funciona preventivamente e outro apenas alivia os sintomas. Do ponto de vista farmacológico, dispomos de descongestionantes, anti-histamínicos, estabilizadores de membranas, e corticosteroides.
Cada uma dessas drogas atua de forma diferente, e nenhuma é isenta de efeitos colaterais que, algumas vezes, podem ser graves. Por isso, o ideal, é não realizar automedicação e procurar seu médico.
ATENÇÃO: Nunca tome medicamentos sem orientação médica.
c) Vacinas antialérgicas
Quando o tratamento feito nestas condições (higiene ambiental e medicamentos) falha, pode-se associar o uso de vacinas antialérgicas. Esse tratamento é longo, porém, quando feito corretamente, diminuí a sensibilidade do doente àquela substância ao qual era alérgico. Muitas vezes, chegamos ao ponto em que não há mais necessidade do uso de medicamentos.
Com informações Dr. Drauzio Verella
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